top of page
logo.jpg
  • Marllon Kwê
  • 21 de jul.
  • 2 min de leitura
Nordeste do Brasil pode perder R$ 16 bilhões ao ano com tarifa de 50% sobre o Brasil, informa Sudene Foto: Divulgação
Nordeste do Brasil pode perder R$ 16 bilhões ao ano com tarifa de 50% sobre o Brasil, informa Sudene Foto: Divulgação

A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de até 50% sobre produtos importados do Brasil já começa a gerar impactos e incertezas em todo o país. No Maranhão, estado que vem se consolidando como um polo estratégico para exportações no Norte e Nordeste, os efeitos do chamado “tarifaço de Trump” preocupam produtores, exportadores e gestores públicos.


Após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras por parte dos Estados Unidos, a Coordenação de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene fez uma sondagem para verificar os possíveis impactos da taxação para o Nordeste. De acordo com o estudo, Ceará, Bahia e Maranhão serão os estados mais afetados, já que são os principais exportadores da Região para os EUA em 2025. Só este ano, até o mês de junho, a pauta de exportações do Nordeste para os Estados Unidos somou US$ 1,58 bilhão, o equivalente a R$ 8,7 bilhões, sendo o principal exportador o estado do Ceará, seguido por Bahia e Maranhão. Juntos, eles representaram 84,1% do total exportado.


O Maranhão aparece como um dos destaques, com forte presença nas exportações de pastas químicas e minérios, ambos atingidos pelas novas tarifas.


Foi avaliado, ainda, o ano de 2024, com Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco protagonizando as exportações para os norte-americanos, sendo responsáveis por US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14 bilhões. Nesse período, em sua totalidade, a Região exportou pouco mais de R$ 15,6 bilhões, considerando o valor do dólar de 10/07.


Porto do Itaqui e agronegócio sob pressão


O Porto do Itaqui, um dos mais modernos do país, é hoje o principal corredor de exportação de grãos do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de atuar na exportação de minérios, alumínio e celulose. Em 2024, o porto movimentou mais de 34 milhões de toneladas, sendo o maior exportador de milho e soja da região Norte e quarto maior porto público do Brasil, segundo dados do estatístico aquaviário da Antaq.


Segundo dados da Conab, o Itaqui foi responsável por 94% das exportações de milho do MATOPIBA e por mais de 10 milhões de toneladas de soja em 2023. O receio agora é que a retração no comércio exterior provocada pelas tarifas dos EUA reduza o volume exportado, com efeitos em cadeia para o transporte, armazenamento e emprego no setor.

 
 
 

Comentários


TARIFAÇO DE TRUMP AMEAÇA EXPORTAÇÕES E ECONOMIA DO MARANHÃO

TARIFAÇO DE TRUMP AMEAÇA EXPORTAÇÕES E ECONOMIA DO MARANHÃO

bottom of page